19 de maio de 2013

Viajando sem o alérgico: Orlando 2

O planejamento das minhas viajens eu sempre me preocupo com acidentes alimentares, médicos, atendimentos de emergência, afinal para onde devemos correr se algo der errado e não estamos acostumados com vocabulário, locais, etc?

Em uma viajem que fiz para Cancún, México, com minha filha alérgica ao leite de vaca eu pesquisei sobre seguro viajem, que incluía seguro saúde, e descobri que as pessoas que tem alergia contam como alto-risco e doença pre-existente, então o valor do seguro é altíssimo, e para mim não valeu a pena, mas pesquisar sobre o assunto, ter um respaldo é sempre bom.

Leve todos os medicamentos que possa precisar em caso de emergência sempre com você, e tenha prescrição médica de todos, se possível em inglês.
Tenha uma Epi-pen, a caneta de adrenalina, e leve-a consigo no avião, nos passeios, o tempo todo.
Converse com o seu alergologista sobre tudo o que deve ser feito em caso de emergência, tenha um plano de emrgência por escrito. Você não imagina como isto pode ser útil.


No avião, informar logo quando embarca na aeronave que existe uma pessoa com alergia alimentar grave é muito importate.
Cada compania aérea tem procedimentos para alimentação, algumas aceitam a solicitação de refeições especiais para alérgicos, outras não, mas a grande maioria delas aceita que você embarque com alimentos.
Na Gol, que foi a que utilizei para ir para Orlando em Abril de 2013, me aconselhou a levar as refeições em marmitas de metal para que eles possam esquentá-las, já que o forno é convencional e naõ de micro-ondas. Podemos levar lanches, frutas, e outros tipos de alimentos, o que facilita muito e nos tranquiliza no quesito acidentes dentro de um local fechado.
Apenas lembre-se de não ultrapassar o transporte de liquidos acima dos 100ml, principalmente na volta dos USA.

No próximo post falarei sobre emergências nos Parques da Disney e de Orlando.

14 de maio de 2013

Viajando sem o alergico: Orlando Disney 1

Há muito tempo eu queria conhecer a cidade Norte Americana de Orlando, onde se encontram os parques da Disney e Universal, então quando surgiu a oportunidade de ir, mesmo sendo sem a minhas filhas eu decidi que seria uma ótima chance de investigar como seria visitar o local com alguém alérgico às proteínas do leite de vaca.

Quando eu viajo, a primeira coisa que eu faço é programar o que vou fazer no local, o que preciso levar da minha casa, onde posso comer, quais mercados posso encontrar comida, e claro me preparar com o vocabulário local para poder explicar sobre a alergia da minha filha.
Nos USA eles tem um termo próprio para leite e seus derivados: Diary e muitos locais tem um menu especial livre deles.


A comida em Orlando não é uma tarefa fácil, pois os americanos estão acostumados, desde pequenos, a comer tudo com pimenta, geralmente a preta, então mesmo você dizendo que não quer uma comida "spicy" (temperada) eles não conseguem compreender, pois já estão acostumados com ela. Por este motivo você tem sempre que ser bem específico e dizer quero sem pimenta, sem leite, etc.

Depois darei as dicas de como fazer no avião, agora vou direto ao ponto: Disney!

O Magic Kingdom é um passeio de dia inteiro, eu cheguei às 9 da manhã e saí às 11 da noite, então
planejar a visita é muito importante.
É possível entrar com qualquer tipo de comida dentro do parque, sejam frutas, almoço, água, suco, etc, mas não se pode carregar facas, vidro ou nada que possa ser usado como armas, todas as bolsas são inspecionadas na entrada do parque.
Dentro do parque existem diversas opções de lanchonetes e restaurantes, ao me informar na central de atendimento (Guest service) sobre a melhor opção para comer com uma pessoa alérgica, me informaram que seria nos restaurantes pois eles tem uma produção dos alimentos totalmente separada e tem um chef que pode preparar o que lhe for solicitado.
Eu visitei 2 locais que eu recomendo:
1- Be our Guest restaurant dentro do castelo da Bela e da Fera em Fantasyland, que funciona em esquema de pronto atendimento até às 14:30 mas tem bastante fila ou após às 15h em esquema de reservas que devem ser feitas no Brasil com muitos meses de antecedência. Ao chegar solicite falar com o chef, ou com um gerente de atendimento, são eles que vão lhe ajudar a solicitar o que você precisa e garantir que a comida seja totalmente livre de leite de vaca, pimenta, etc. Saiba o vocabulário em Inglês, pois a maioria não compreende muito bem o português e acham que falamos espanhol... Faça seu pedido e curta o maravilhoso salão do castelo.
Atualizando em 2018: Não há mais opções sem reserva para o Be Our Guest, e isto tem de ser feito através do aplicativo ou do website da Disney a partir de 180 dias antes.

2- Pinochio Village Haus ao lado de Fantasyland, onde o gerente me explicou que haviam algumas opções que os alérgicos à leite de vaca poderiam consumir. A parte interessante foi ele me explicar que após fazermos o pedido, para não haver contaminação cruzada (traços de leite de vaca) um gerente veste uma roupa separada vai para dentro de outra cozinha e utiliza novo para fazer o lanche. Até a bandeja é outra! ADOREI!

Conclusão: você pode se programar para levar lanches, incluindo sanduíches, frutas, optar por almoçar em um restaurante, e jantar numa lanchonete, tudo com a maior segurança, pois dentro da Disney o importante e atender o cliente muito bem.
Não se esqueça, o primeiro lugar a visitar é na entrada a central de atendimento(Guest relations) que fica na City Hall, que inclusive tem pessoas que falam português, e podem lhe ajudar a escolher os locais para se alimentar.
Você também pode optar por ligar para o Guest Service daqui do Brasil, ou usar o aplicativo ou o website e pegar informações e fazer reservas antecipadas.
Inclusive eles tem os menus em pdf para você ver onde tem opções livres de leite. Maravilhoso!
Dentro do parque existem locais onde é possível aquecer comida, e comer com tranquilidade.


27 de fevereiro de 2013

Quanto tempo dura a alergia?

Uma pergunta que todo o alérgico quer ter a resposta...
Quando eu vou ficar bom?

A resposta não é simples.
A alergia que é, de forma leiga de se falar, um erro do sistema imunológico pode durar pouco tempo, muito tempo, ou para sempre. Tudo depende de vários fatores.
O maior número de aparecimento de alergi ao ao leite de vaca é em crianças pequenas, menores de 1 ano, quando o leite de vaca é introduzido na alimentação.
Segundo as pesquisas médicas a maior parte destas crianças ficam curadas até os 2 anos de idade, com os devidos cuidados dos pais que acompanha as orientações de um médico alergologista.
Depois temos uma outra parcela das crianças que ficam curadas até os 5 anos de idade.
E por último temos uma pequena parcela de crianças que podem melhorar ao entrar na fase adulta ou permanecer com a alergia para toda a vida.

As proteínas do leite que mais causam alergia são as caseínas, a beta-lactoglobulina e a alfa-lactoalbumina. Porém a que define que a alergia é mais persistente é a caseína.

A minha filha tem resposta imunológica altíssima à Caseína, então com 8 anos ela ainda tem fortes reações, incluindo anafiláticas, a qualquer pequena quantidade, ou mesmo traços das proteínas ao leite de vaca.

Não podemos esquecer, que ter esperança, e ser sempre positivos ajuda muito a todos, mesmo que no fundo saibamos que não é possível garantir cura.

8 de fevereiro de 2013

Apenas brincando

Esta semana quando minha filha iniciou as aulas eu me emocionei com o texto que nos deram para fazermos uma reflexão, achei tão lindo que decidi divir com vocês:

" Apenas Brincando
Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos,
Por favor não diga qu estou apenas brincando.
Porque enquanto brinco estou aprendendo sobre equilíbrio e formas.
Quando estou me fantasiando,
Arrumando a mesa e cuidando das bonecas,
Por favor, não fique com a idéia que estou apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Posso ser mãe ou pai algum dia.
Quando estou pintando até os cotovelos,
Ou de pé diante do cavalete, ou modelando argila,
Por favor, não me deixe ouvir você dizer: ele está apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Estou me expressando e criando .
Eu posso ser um artista ou um inventor algum dia.
Quando você me vê sentado numa cadeira
Lendo para uma platéia imaginária,
Por favor, não ria e pense que eu estou apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Eu posso ser um professor algum dia.
Quando você me vê procurando insetos nos arbustos,
Ou enchendo meus bolsos com todas as coisas que encontro,
Não jogue fora om se eu estivesse apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Eu posso ser um cientista algum dia.
Quando estou entretido com um quebra-cabeça,
Ou com algum brinquedo na minha escola,
Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Estou aprendendo a me concentar e resolver problemas.
Eu posso estar numa empresa algum dia.
Quando você me vê cozinhando e experimentando alimentos,
Por favor, não pense que, porque me divirto, é apenas brincadeira.
Eu estou aprendendo instruções e perceber diferenças.
Eu posso ser chef algum dia.
Quando você me Vê aprendendo a pular, saltar,
Correr e movimentar meu corpo,
Por favor, não diga que estou apenas brincando.
estou aprendendo como meu corpo funciona.
Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.
Quando você me pergunta o que fiz na escola hoje,
E eu digo: eu brinquei.
Não me entenda mal.
Porque enquanto brinco estou aprendendo.
Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou me preparando para amanhã.
Hoje, eu sou criança e meu trabalho é brincar."

autora: Anita Wadley

29 de janeiro de 2013

Palavras importantes

Para o dia a dia das pessoas que tem alergia seria tão mais fácil se todos estivessem familiarizados com o significado das palavras que falam sobre alergia.
Abaixo segue um glossário montado pelo site Alergiaaoleitedevaca que pode ajudar muito neste assunto:


    ABDÔMEN: Região do corpo que corresponde à barriga e contempla todas as estruturas e órgãos entre o tórax e o quadril.  Os órgãos localizados na região do abdômen são: o estômago, intestino, fígado, vesícula biliar e pâncreas.
    ABDOMINAL: Relativo ao abdômen (barriga).
    ADRENALINA: substância produzida pela glândula adrenal que atua no organismo promovendo dilatação dos vasos sanguíneos e brônquios nos pulmões e acelerando o batimento do coração. 
    ALÉRGENO: substância estranha ao organismo que acarreta uma reação alérgica quando ingerida ou inalada, caracterizada por sintomas respiratórios, cutâneos e gastrintestinais. Ex de alérgenos: proteínas de alimentos, pólen, insetos, ácaros, mofo, pelo de animais, etc.
    ALERGIA ALIMENTAR IgE MEDIADA:  reação alérgica desencadeada pela produção de anticorpos específicos da classe IgE para os alérgenos alimentares. Os sintomas são imediatos, manifestados logo após a ingestão do alimento.
    ALERGIA ALIMENTAR MISTA: reação alérgica mediada por células e por IgE. Nestes casos, podem surgir sintomas imediatos e tardios à ingestão do alimento alergênico.
    ALERGIA ALIMENTAR NÃO IgE MEDIADA: reação alérgica a alimentos em que o organismo não produz anticorpos IgE específicos. Nestes casos a reação é mediada por células. O grande diferencial deste tipo de reação clínica é que os sintomas são tardios, podendo aparecer horas ou dias após a ingestão do leite ou do alimento que a pessoa é alérgica.
    ALERGIA ALIMENTAR: Reações adversas a alimentos que envolvem o sistema imunológico (sistema de defesa do organismo), sendo mediadas ou não por imunoglobulinas E (IgE). Os sintomas podem ser gastrintestinais, cutâneos (de pele), respiratórios ou sistêmicos (ex: choque anafilático).
    ALERGIA: Reação adversa do sistema imunológico (sistema de defesa)  a substâncias estranhas, não reconhecidas pelo organismo, mesmo em pequenas quantidades.
    ALIMENTO ALERGÊNICO: Alimentos que possuem proteínas com alto potencial de desencadear alergia quando consumidos. Os 8 alimentos mais alergênicos são: leite, soja, ovo, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim e castanhas. 
    AMINOÁCIDOS: molécula orgânica formada por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio unidos entre sí. Vários aminoácidos unidos através de ligações químicas formam as proteínas. Após a ingestão de alimentos proteícos, a proteína precisa ser digerida pelas enzimas digestivas até ficar na forma de aminoácidos para ser absorvida.
    ANTICORPO: proteína, denominada Imunoglobulina, produzida especificamente para combater um antígeno (substância estranha ao organismo).
    ANTI-HISTAMÍNICO: medicamento usado para inibir a ação da histamina e evitar os sintomas desencadeados por ela.
    APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
    ATOPIA: Alergia.
    ATÓPICA: pessoa ou familiar com tendência a produzir anticorpos IgE em resposta a baixas doses de alérgenos, normalmente proteínas, e desenvolver sintomas alérgicos típicos.
    CONTAMINAÇÃO CRUZADA: é a contaminação de um alimento por outro por contato ou durante o preparo. Por exemplo: Se ao elaborar uma torta sem leite você usar uma faca que cortou um queijo antes, sem lavá-la, mesmo que não tenha leite e derivados nos ingredientes da torta, poderá conter traços que estavam na faca devido à contaminação cruzada.
    CRIANÇA: indivíduo até 12 (doze) anos de idade incompletos.
    CRIANÇA DE PRIMEIRA INFÂNCIA ou CRIANÇA PEQUENA: criança de 12 (doze) meses a 3 (três) anos de idade.
    DIETA DE EXCLUSÃO: dieta realizada por um período determinado com a exclusão dos alimentos alergênicos. Esta dieta é usada tanto no diagnóstico quanto no tratamento da alergia alimentar, porém só dever ser realizada com um número reduzido de alimentos. Restrições severas não auxiliam no diagnóstico e podem causar repercussões sérias no crescimento e desenvolvimento.
    DOR ABDOMINAL: dor na barriga (abdômen).
    ENTEROPATIA: doenças relacionadas ao intestino. 
    ENZIMAS: proteínas responsáveis pela digestão dos alimentos.
    FÓRMULA INFANTIL DE SEGUIMENTO PARA CRIANÇAS DE PRIMEIRA INFÂNCIA: produto em forma líquida ou em pó utilizado como substituto do leite materno ou humano para crianças de primeira infância.
    FÓRMULA INFANTIL DE SEGUIMENTO PARA LACTENTES: produto em forma líquida ou em pó utilizado, por indicação de profissional qualificado, como substituto do leite materno ou humano a partir do 6º mês.
    FÓRMULA ESPECIALIZADA À BASE DE AMINOÁCIDOS: alimento em que a fonte protéica está na forma de aminoácidos. É a única considerada não alergênica.
    FÓRMULA ESPECIALIZADA À BASE DE PROTEÍNA EXTENSAMENTE HIDROLISADA: alimento em que a fonte protéica está na forma de peptídeos (proteína já hidrolisada em pequenos blocos de aminoácidos). É a única considerada hipoalergênica e tem sucesso em 90% dos casos de APLV.
    FÓRMULA ESPECIALIZADA À BASE DE PROTEÍNA PARCIALMENTE HIDROLISADA (HA): alimento em que a fonte protéica está na forma parcialmente “digerida”. O tamanho é menor que uma proteína íntegra, porém ainda possui grandes blocos de aminoácidos. Por esta razão sua alergenicidade é alta e não é indicada na APLV.
    FÓRMULA INFANTIL PARA LACTENTES: produto em forma líquida ou em pó destinado à alimentação de lactentes até o 6o (sexto) mês, sob prescrição, em substituição total ou parcial do leite materno ou humano, para satisfação das necessidades nutricionais desse grupo etário.
    GASTROENTERITE: inflamação do estômago e do intestino.
    HEREDITARIEDADE: transmissão genética, de pai para filho.
    HIDROLISADO PROTÉICO OU PROTEÍNA EXTENSAMENTE HIDROLISADA: é a proteína já “digerida” em pequenos blocos de aminoácidos chamados de peptídeos.  Quando a proteína está nesta forma ela tem 90% a menos de chance de causar reação alérgica.
    HIPERSENSIBILIDADE - sintomas ou sinais reproduzíveis causados pela exposição a um estímulo definido em uma dose tolerada por pessoas normais
    HISTAMINA: substância liberada durante as reações alérgicas, responsável por desencadear sintomas como: coceira, edema, vermelhidão, tosse, etc.
    IMUNOGLOBULINA E (IgE): tipo de anticorpo envolvido em reações alérgicas, produzido para combater um alérgeno específico. 
    IMUNOGLOBULINA: anticorpo
    INTOLERÂNCIA ALIMENTAR- resposta fisiológica anormal a um alimento, sem o envolvimento do sistema imunológico (defesa). Está associada à falta ou diminuição da atividade de alguma enzima digestiva. Por exemplo: Intolerância à lactose é causada pela deficiência de lactase, enzima que digere a lactose (açúcar do leite). Os sintomas são apenas gastrintestinais: diarréia, flatulência, cólicas, náuseas e distensão abdominal (empachamento).  
    LACTASE: enzima que faz a digestão da lactose.
    LACTENTE: criança com idade até 11 (onze) meses e 29 (vinte e nove) dias.
    LACTOSE: açúcar presente no leite.
    LIPÍDEOS: gorduras presentes nos alimentos maternos.
    PRICK TEST: teste de punção com lanceta padronizada e aplicação de extratos comerciais ou alimentos “in natura” na região do antebraço, com leitura do resultado a partir de 20 minutos. O médico avaliará se o tamanho da pápula formada após a aplicação do extrato ou do alimento indica ou não a alergia àquela substância. Este exame não determina o diagnóstico de alergia, apenas verifica a sensibilidade do indivíduo a um alimento ou alérgeno em geral. Além disso, só é possível verificar alterações em pacientes com manifestações clínicas mediadas por IgE ou mistas. Portanto, ele deve ser usado em conjunto com a história clínica e o TPO para se fechar o diagnóstico.
    PROTEÍNAS: conjunto de aminoácidos ligados entre si.Uma proteína pode conter de 250 a quase 5.000 aminoácidos. Estão presentes nos alimentos, principalmente nos de origem animal (carnes, laticínios, ovos), nas leguminosas (feijões, soja, lentilha, etc) alimentos com glúten (pães, massas, biscoitos), etc. Possuem funções de enzimas, anticorpos, hormônios e são usadas para a construção de tecidos e músculos.
    RAST: exame de sangue utilizado para verificar a presença de IgE específica para determinado alérgeno. Seus resultados são classificados em classes (1,2,3 e 4) e são considerados positivos apenas os resultados na classe 3 e 4. Este exame não determina o diagnóstico de alergia, apenas verifica a sensibilidade do indivíduo a um alimento ou alérgeno em geral. Além disso, só é possível verificar alterações em pacientes com manifestações clínicas mediadas por IgE ou mistas. Portanto, ele deve ser usado em conjunto com a história clínica e o TPO para se fechar o diagnóstico.
    REAÇÃO ADVERSA: Em farmacologia, qualquer reação inesperada ou perigosa a um agente ou substância.  Ex: Um efeito indesejável causado pela administração de um medicamento ou ingestão de um alimento.  O início da reação adversa pode ser repentino ou desenvolver ao longo do tempo.
    REAÇÃO ANAFILÁTICA: reação sistêmica grave, de início súbito (rápido), caracterizada por coceira generalizada, diarréia, vômitos, edema de glote (“fechamento da garganta”), dificuldade de respirar, aperto no peito com queda de pressão,  arritmias cardíacas e colapso vascular (choque anafilático). É potencialmente fatal e pode ser desencadeada por alergia a picada de insetos, alimentos, medicamentos, etc.
    REAÇÃO OU REATIVIDADE CRUZADA: um alérgeno pode ter uma proteína muito semelhante à de outro alimento. Nestes casos, se a pessoa é alérgica a um e comer o outro poderá desencadear alergia a este também, por reação cruzada. Por exemplo: A proteína do leite de vaca é muito similar à do leite de cabra. Portanto, crianças com alergia ao leite de vaca não podem consumir leite de cabra, pois terão alergia a este também, uma vez que as proteínas são parecidas. 
    SÍNDROME DA ALERGIA ORAL: manifestação instantânea após o contato do alérgeno com a mucosa oral (lábios, boca). Os sintomas são: coceira, inchaço nos lábios, palato (céu da boca) e faringe.
    SISTEMA IMUNOLÓGICO ou SISTEMA IMUNE: conjunto de células, órgãos e estruturas especializadas e não especializadas, cuja função é identificar e destruir invasores estranhos antes que qualquer mal seja feito ao organismo.
    TESTE DE PROVOCAÇÃO ORAL (TPO) OU TESTE DE DESENCADEAMENTO: Teste considerado padrão ouro no diagnóstico da alergia alimentar. É realizado a partir da exclusão do alimento alergênico por um período de 1-6 semanas, com a oferta posterior de alimentos e/ou placebo em doses crescentes e intervalos regulares, sob supervisão médica, com concomitante monitoramento de possíveis reações clínicas. Obs: Caso os sintomas não desapareçam durante a dieta de exclusão, é desacertada a hipótese de alergia alimentar.

LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

    AA: Alergia alimentar
    APLV: Alergia à proteína do leite de vaca
    ALV: alergia ao leite de vaca
    DA: Dermatite atópica
    IgE: Imunoglobulina E
    TPO: Teste de provocação oral

15 de janeiro de 2013

Comendo fora com Alergico: Pizza em SP

Pizzaria é um lugar complicado para as pessoas que tem alergia ao leite de vaca, pois as possibilidades de contaminação com queijo são muito grandes, então este é um lugar que eu e minha família evitamos para não termos surpresas com a minha filha.

Neste Domingo porém fomos levados por amigos nossos à uma Pizzaria diferente, a La Gloria.

Como de costume ao saber onde íamos eu fiz com que minha filha jantasse antes, mas ao chegar lá os amiguinhos dela foram à cozinha preparar a Pizza que iam comer junto com o pizzaiolo.
Houve um tempo em que minha filha não se importava com certas coisas, para ela apenas ter idéa de como era o sabor de um alimento através de mim era o suficiente, hoje em dia, ela se entristesse em não poder participar do "evento" comer.
Então quando ela ficou com uma carinha triste ao ver que não poderia saborear uma Pizza feita especialmente para ela, o padrinho dela foi ao Pizzaiolo cheff Paulo e explicou a situação. Paulo não hesitou e se habilitou a limpar tudo que fosse necessário, a abrir ingredientes novos e fazer uma pizza para ela. A opção foi atum com rodelas de tomate em cima.

Minha filha retornou da à mesa com um sorriso de orelha à orelha e comeu 2 pedaços da pizza, como se fosse a melhor comida do mundo.
Paulo não só cumpriu com a missão de cheff ao fazer uma pizza deliciosa, mas ganhou uma cliente fiel ao mostrar que ela podia ser incluída.

Felicidade é poder comer o que os amigos comem.

8 de janeiro de 2013

Dessensibilização ganha matéria no Liberal

A dessensibilização também ganhou uma matéria no Jornal Liberal. Dra Ariana Campos Yang fala mais sobre como funciona a técnica que está revolucionando a vida de muitos alérgicos persistentes.
Leia ela aqui:
"Dessensibilização alimentar: mais tolerante à alergia
 Tratamento denominado de dessensibilização alimentar deixa o organismo mais resistente às reações alérgicas

Restringir os alimentos que causam alergia parece o mais adequado para aqueles que têm o organismo sensível a determinados gêneros alimentícios. No entanto, a dessensibilização alimentar trabalha justamente com a ideia oposta.

Segundo a diretora da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), Ariana Campos Yang, o paciente recebe pequenas doses progressivas do alimento que possui alergia até o organismo se tornar tolerante e poder ingerir quantidades maiores.

A terapia é indicada para quem tem alergia alimentar persistente. "A maioria das alergias é curada à medida que a criança vai crescendo.

Agora, quando não sara, chamamos de alergias persistentes. Nesses casos, a qualidade de vida fica bastante comprometida e o risco de reação é muito grande. As crianças vivem num estado de vulnerabilidade constante", explica.

A dessensibilização trata pacientes com alergia a leite, ovo e trigo. "Não dá para fazer em qualquer alergia alimentar, é só para os alimentos que são do dia a dia, porque depois vai precisar manter isso na dieta diariamente", ressalta Ariana.

Crianças e adultos

O tratamento pode ser feito em crianças e adultos, desde que seja diagnosticado como alergia persistente. "Nas crianças esperamos até uns cinco anos, se a alergia não sarar, então indicamos a dessensibilização", orienta.

Vale lembrar que a técnica não cura, torna o organismo tolerante ao alimento alergênico. Mas para manter a tolerância, não se deve interromper a ingestão do produto alimentício. "Se parar de comer pode voltar a ficar alérgica", acrescenta Ariana.

Como funciona?
Durante o tratamento, o paciente recebe pequenas doses progressivas e diluídas do alimento para o qual tem alergia. Primeiramente, é feito um teste para identificar a concentração inicial do alimento que o indivíduo irá ingerir. Com o passar do tempo as doses vão aumentando, até que a pessoa não tenha mais reação com a ingestão do alimento. Em média, o procedimento leva três meses.

A técnica é individualizada, ou seja, as doses variam de pessoa para pessoa. Ariana ressalta a importância de seguir o tratamento com acompanhamento médico. "Tem medicações que são usadas para segurar a reação, pois os pacientes têm reações durante o tratamento. Por isso tem que ser supervisionado", afirma.


fonte: O Liberal

Imunoterapia ganha matéria no Terra

O Portal Terra fez uma matéria com a Dra Ariana Yang sobre a Imunoterapia, ou dessensibilização para alergia alimentar, especialmente alergia ao leite de Vaca.

Veja a matéria completa AQUI:
Terra Tv: Esperança para os alergicos.

Imunoterapia ganha matéria no Estadão

 No website do Jornal Estadão há um amatéria que foi publicada dia 31/12/2012 falando sobre como a Alergia a alimentos pode melhorar com exposição a pequenas doses.

"Alergia a alimentos pode melhorar com exposição a pequenas doses"

Pesquisa. Técnica conhecida como dessensibilização tenta imunizar o paciente por meio de um consumo leve, porém crescente, de produtos que costumam causar o problema, como trigo, ovo e leite; tratamento pode liberar a pessoa de privações severas

Até pouco tempo atrás, pessoas com alergia a algum alimento tinham de eliminá-lo de sua dieta. Mas pesquisas recentes têm demonstrado a eficácia de uma nova alternativa: a imunoterapia por dessensibilização, que consiste em expor o paciente a quantidades pequenas e crescentes do alimento que provoca a reação alérgica.

Caso a resposta do paciente seja positiva, ele não precisa mais se privar do ingrediente e, além disso, livra-se do risco de consumi-lo sem saber, no meio de alimentos industrializados. "Essa é uma mudança recente que tem ocorrido no tratamento de alergias a alimentos mais comuns, como leite, ovo e trigo", afirma a médica Ariana Campos Yang, da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.

Um dos estudos que comprovou o sucesso da estratégia foi publicado neste ano pela revista New England Journal of Medicine. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte submeteram 40 crianças de 5 a 11 anos alérgicas a ovo ao consumo diário de um pó à base de ovo.

A quantidade do produto, no início muito pequena, foi aumentando progressivamente. Depois de 22 meses, as crianças passaram por um teste no qual ingeriram 10 gramas do alimento, o que equivale a dois ovos inteiros. O resultado foi que 75% dos participantes conseguiram passar no teste e começaram a tolerar o consumo de ovo.

Outra pesquisa, divulgada pela Universidade de Cambridge em março, testou a técnica para tratar alergias a amendoim. Crianças com alergia severa receberam quantidades crescentes de farinha de amendoim, o que fez com que se tornassem tolerantes ao alimento.

A alergia ocorre quando há um erro no sistema imunológico. Com a função de nos defender, o sistema pode errar nessa tarefa e provocar uma reação forte contra um alimento que, para outras pessoas, é inofensivo. "Quando começamos com uma dose menor e aumentamos de forma contínua, conseguimos induzir as células regulatórias, que consertam o que está errado no sistema, deixando assim de ter aquela reação contra o alimento", diz Ariana, que aplica o tratamento no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

"No início, o alimento é ingerido em concentrações muito diluídas. Começamos com doses bem pequenas por via oral até chegar ao alimento puro. Cerca de 90% dos pacientes têm boa resposta", observa Ariana.

Reação imediata. No HC(Hospital das Clínicas - SP), essa estratégia já vem sendo adotada há cerca de dez anos. Nem todo alérgico é candidato ao tratamento, mas podem se beneficiar aqueles que têm a alergia conhecida como IgE mediada, na qual a reação ao alimento é imediata.

"O fato de a reação ser rápida facilita a dessensibilização, pois já se sabe na hora se o paciente teve ou não reação. Nas alergias tardias, em que os sintomas começam horas ou dias depois, não se sabe qual dose o paciente está tolerando", explica Ariana. Existe também uma idade mínima para o início do tratamento, de 5 anos, pois antes disso a alergia pode desaparecer sozinha.

Especialistas lembram que esse tipo de tratamento jamais deve ser feito sem acompanhamento médico. "O tratamento deve ser feito em uma instituição segura. Existe um risco de o paciente ter um choque anafilático, por isso é preciso ter recursos de tratamento e profissionais habilitados para lidar com uma reação", diz a alergologista Yara Arruda Mello, do Hospital São Luiz.

Segundo Yara, a alergia alimentar pode ter manifestações na pele, com urticárias, no trato digestivo, com diarreia e vômito, ou no sistema respiratório.

Para o médico gastroenterologista Aytan Miranda Sipahi, do Hospital Sírio-Libanês, os casos de alergia têm aumentado. "Discute-se se o aumento veio com a maior capacidade de diagnosticar ou se houve um aumento de verdade", afirma. Ele observa que fatores ambientais como o aumento da poluição e dos aditivos agrícolas usados na alimentação poderiam ser responsáveis por este aumento.


fonte: O Estado de S. Paulo

Video da Record sobre Imunoterapia

Aqui você pode ver a matéria feita pela Record sobre dessensibilização:

Assunto quente...