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13 de maio de 2020

Dermatite atópica

Dermatite Atópica (DA), ou eczema atópico, é uma doença inflamatória crônica na pele, causada por um desequilíbrio do sistema imunológico e ocorre a partir do aumento da liberação de duas citocinas – substâncias liberadas pelo sistema imunológico para regular as reações inflamatórias e de defesa do organismo. Com o descontrole da liberação, há um processo inflamatório exacerbado.

Além da resposta exagerada do sistema imune, a doença também tem em sua gênese uma falha na barreira cutânea, espécie de escudo natural que garante a integridade da pele.

Os principais sintomas são pele seca, coceira, lesões vermelhas em alto-relevo, descamação  sobretudo quando exposta a fatores alérgicos clássicos ou elementos “agressores” e é mais comum em crianças, pois a pele costuma ser mais fina e, consequentemente, mais delicada, mas também pode acometer adultos, segundo a chefe do Ambulatório de Dermatite Atópica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP), Dra. Ariana Campos Yang.

O diagnóstico da dermatite é o que os médicos chamam de eminentemente clínico.
“Examinamos o indivíduo e colhemos sua história. Não há necessidade de biópsias ou testes complexos”, tranquiliza Ariana. Por meio de alguns escores, que levam em conta a extensão e a gravidade das lesões, bem como o impacto físico e social, o profissional pode definir se a enfermidade é leve, moderada ou grave. É com base nisso que se determina o plano de ação.

Dicas para melhorar:
- Evite banho muito quente.
- Evite sabões anti-sépticos, os neutros, ou de bebês são os melhores.
- Mantenha a pele hidratada. De preferência com cremes sem perfume, se possível indicados pelo médico.
- O sol pode ajudar, mas evite exageros.
- Evite coçar.
- Procure um alergista para encontrar um diagnóstico.

Fontes : guiadafarmacia.com.br -   saude.abril.com.br/  - drauziovarella.uol.com.br

14 de janeiro de 2020

Dessensibilização: Entenda melhor como é feito

Desenvolvido pela Dra Ariana Yang, especialista em alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o tratamento de alergia conhecido como dessensibilização tem levado uma sensível melhora na qualidade de vida de muitos brasileiros.

Os pacientes recebem doses graduais dos produtos que provocam o sistema imunológico até criarem resistência total a eles. Sucesso da dessensibilização alimentar levou a terapia a outros cantos do país e rende uma lista de espera de cerca de um ano e meio nos setores públicos.

O tratamento consiste em 12 a 15 sessões de imunoterapia oral,  quando são ministradas doses crescentes de um extrato do agente causador da alergia.
Inicialmente, é pesquisado um histórico clínico com exames que possam garantir que o paciente permanece alérgico. “Alguns alérgicos estão sob restrição há tanto tempo, às vezes desde bebê, que a alergia até sarou e a pessoa não percebeu”, explica Yang.
Com a confirmação, um teste alérgico cutâneo busca a concentração tolerada do alimento.
A partir desse limiar, é produzido o extrato diluído do alérgeno, e a concentração dele vai aumentando a cada sessão até que o paciente aceite a quantidade total.
“A maioria tem reação durante o tratamento, mesmo quando, de tão diluído o alérgeno, a pessoa está quase tomando água. Por isso é muito importante não fazer esse processo sem o acompanhamento médico”, alerta Yang.
A alergologista também ressalta que o tratamento somente é indicado para pacientes com mais de 5 anos de idade e que tiveram o diagnóstico da alergia persistente, chamada de IgE. Esse tipo mais grave refere-se a reações danosas, algumas vezes fatais, causadas pelo sistema imunológico. O critério é extremamente importante porque alergias a alimentos comuns tendem a ser predominantes nos primeiros meses de vida. Com o passar dos meses, no máximo anos, o próprio corpo desenvolve a tolerância necessária.

Fonte: Saúde Plena uai

23 de abril de 2019

O que é Esofagite Eosinofílica

Afinal o que é essa tal de Esofagite Eosinofílica (EoE)??

Descrita pelos médicos como uma inflamação crônica do esôfago, local por onde passam os alimentos, o ar, caracterizada pela presença de eosinófilos no esôfago (tipo de células brancas que compõe o sangue) e tem fundo imuno alérgico.
Esta inflamação pode ter sintomas diversos, e dependem muito da idade do paciente, pois crianças nem sempre sabem descrever o que sentem.

Os principais sintomas são: falta de apetite, dificuldade de engolir, arranhado na "garganta", as crianças demoram muito a comer, dor abdominal, pode envolver vômito, até mesmo a comida pode entalar pois um dos sintomas mais graves é a diminuição do canal de passagem no esôfago.

O diagnóstico é feito por endoscopia com biópsia,  havendo a presença de 15 ou mais eosinófilos por campo de grande aumento – e associada a sintomas acima mencionados.

O causador da Esofagite pode ser um alimento, ácaros, pólen, entre outros milhares de alergenos. Mas note que ele é diferente de um refluxo!

O tratamento pode variar de acordo com cada caso, mas pode consistir em dieta, em caso o causador seja um alimento; pode precisar tomar medicamentos; ou mesmo ambos. O médico é SEMPRE a pessoa mais indicada para orientar o tratamento.

Dra Ariana Yang, chefe do departamento de alergia do Hospital das Clínicas em São Paulo explica melhor sobre esta doença, que muitas vezes pode ser silenciosa.

https://www.facebook.com/alergiacomarianayang/videos/1361484757285411/ 

24 de maio de 2017

Diagnóstico: Como chegar a uma conclusão?

Uma das maiores dúvidas de quem tem alergia é como fechar um diagnóstico.

O melhor caminho a seguir é procurar um especialista (médico alergista) que irá avaliar um histórico clínico, entre eles sintomas, reações, exames em geral, crescimento, ganho ou perda de peso, etc. Este médico poderá pedir alguns exames complementares como RAST, Pick test, etc.

Mas o que são estes testes? Para que servem?

A principal utilidade destes testes é confirmar suspeitas, ajudar na orientação após análise do histórico. Teste positivo não quer dizer que você tem alergia, ele simplesmente quer dizer que você é sensível à aquele alergeno.
Veja aqui os principais tipos de teste:

RAST: exame de sangue que pesquisa a presença de anticorpos IgE (responsáveis pela alergia) para o alérgeno suspeito de desencadear alergia. Feito em laboratório através de coleta e análise sanguínea.

Teste cutâneo ou Prick test: É um teste realizado na superfície da pele usando alergenos suspeitos. Se após 20 minutos houver a aparição de pápulas (bolinhas vermelhas) no local mostra que houve reação alérgica na pele da pessoa, indicando que esta pessoa tem anticorpo IgE para este alérgeno.
Pode ser feito em consultório, desde que eles estejam preparados para reações que algumas vezes são graves.

Segundo Dra Ariana Yang, mestre em chefe do departamento de alergia do Hospital das Clínicas em SP:
"Prick test: teste simples, avalia sensibilização IgE, pode ser utilizado somente na avaliação de alergias IgE mediadas.
Não tem utilidade diagnóstica nas manifestações alérgicas com sintomas tardios, como ocorre nos sintomas gastrointestinais persistentes.
A técnica é a mesma no mundo todo, e não pode ser realizado fora do consultório ou hospital, onde tenham medicações e equipamentos para tratamento de eventual reação alérgica. A escolha dos alérgenos a serem testados depende da história clínica, o teste não prevê alergia, apenas reforça os dados da história."
Na página dela do Facebook ela postou um video sobre este teste:
https://www.facebook.com/ariana.yang.33/videos/1059586334141305/

 
Leia mais sobre testes de alergia: Testes

19 de maio de 2017

Entenda o que é Anafilaxia

Dra Ariana Yang fez um video explicando o que é Anafilaxia com bastante detalhamento.

Aprenda aqui com com ela:


Semana de Conscientização da Alergia Alimentar: de 15 a 20 de Maio 2017

18 de maio de 2017

Semana de Conscientização de Alergia Alimentar

Alergia alimentar ainda é um mistério para muitas pessoas.
Ter uma semana onde se fala sobre o assunto é um importante passo para que tenhamos a conscientização de todos.


De 14 a 20 de Maio 2017 é a Semana de Conscientização de Alergia Alimentar

Veja agora um vídeo falando sobre o diagnóstico de Alergia Alimentar com a Dra Ariana Yang, especialista no assunto.


24 de maio de 2016

Programa bem estar fala sobre Adrenalina auto-injetável

No programa Bem Estar da tv aberta Rede Globo de hoje falou-se sobre alergias, tanto alimentar, como as provocadas por picadas de insetos.
Em um dos blocos eles falam sobre a necessidade de termos no Brasil o medicamento de emergência chamado Adrenalina Auto-injetável, que pode salvar a vida de um alérgico que entra em contato acidental com o alergeno, como leite de vaca, picada de formiga de abelha ou de vespa, entre outras alergias anafiláticas.
Em outro bloco falaram sobre a dessensibilização do leite de vaca, um tratamento realizado no Hospital das Clínicas.

Em dúvida sobre:
- Anafilático? Leia mais aqui.
- Alergia ao leite de Vaca? Leia mais aqui.

- Adrenalina Auto-injetável? Leia mais aqui.

Para ver o bloco do Bem estar que fala sobre Adrenalina:
http://globoplay.globo.com/v/5044893/

Para ver o bloco do Bem estar que fala sobre Dessensibilização:
http://globoplay.globo.com/v/5044887/

Para ver o programa Bem Estar completo de hoje:
http://globoplay.globo.com/v/5044895/

30 de janeiro de 2016

Alergia ao leite de Vaca no Bem estar 27 de janeiro

O programa "Bem Estar" da rede Globo trouxe mais uma vez o tema Alergia ao Leite de Vaca para a sua pauta, desta vez contou com a presença de duas especialistas na área:
Dra Ariana Campos Yang chefe do departamento de alergia do Hospital da Clínicas em São Paulo e Dra Renata Pinotti nutricionista especializada em alergia.
Veja os clips do programa do dia 27 de Janeiro de 2016 se você perdeu, ou quer repassar para os amigos e familiares:


http://g1.globo.com/bemestar/videos/t/edicoes/v/entenda-a-diferenca-entre-a-alergia-a-proteina-do-leite-e-a-intolerancia-a-lactose/4766386/
Aqui segue a transcrição do que foi falado por Dra Ariana sobre intolerância e alergia no programa:

“(...) os problemas com leite – tanto intolerância quanto alergia – infelizmente são problemas que realmente estão aumentando e, se hoje em dia está na moda porque todo mundo está falando, todo mundo está com medo de tomar leite e, nessa moda, todo mundo trata a alergia e a intolerância como se fossem a mesma coisa e são dois problemas bem diferentes: a alergia é um problema com a proteína e a intolerância é um problema com o açúcar do leite”.
A intolerância está relacionada a um desconforto principalmente gastrointestinal e não gera quadros graves. Ao passo que a alergia tem relação com o sistema imune e pode trazer reações na pele, sistema respiratório, gastrointestinal e pode resultar em reações mais graves como um choque anafilático.
Um ponto importante realçado na matéria é que o diagnóstico correto da alergia a proteínas do leite depende, necessariamente, da confirmação da hipótese a partir da realização de teste de tolerância oral, sempre com acompanhamento médico.
Sabemos que a prevalência da alergia alimentar tem, de fato, aumentado, mas também temos verificado casos em que se suspende o alimento, mas não se confirma, em um segundo momento, através do teste de provocação oral.
Acrescente-se que, além da confirmação do diagnóstico, as famílias precisam seguir acompanhando com seus médicos para verificar se houve aquisição da tolerância, conforme foi destacado pela Dra. Renata Pinotti, nutricionista especialista neste assunto."

30 de maio de 2015

Globo reporter fala sobre alergia ao leite de vaca

No dia 22 de Maio de 2015 o programa Globo Reporter exibiu um programa especial sobre alergia.
Nele fala-se sobre as diversas formas de alergia alimentar, incluindo alergia à leite de vaca, trigo e sobre a dessensibilização feita no HC de São Paulo.


Você pode assisti-los aqui, são vários blocos:

Cozinheira de mão cheia descobre alergia a 45 tipos de alimentos
Mulheres tem mais chances de desenvolver alergia do que homens
Emoções fortes podem desencadear crises alérgicas, confirmam médicos
Rinite é a alergia mais comum entre os brasileiros, seguida da urticária
Mulher emagrece 30 kg com dieta forçada por conta de alergia da filha
Especialistas explicam a diferença entre alergia e intolerância

Progama Bem estar fala sobre diferença entre Alergiae intolerância à Lactose

O programa Bem Estar da rede Globo tem elaborado alguns programas que ajudam a tirar diversas dúvidas sobre as pessoas que tem alergia alimentar, especialmente alergia às proteínas do leite de vaca.
Nesta semana falaram sobre as diferenças entre alergia ao leite de vaca e a intolerância à Lactose contando com a especialista Dra Ariana Yang.


Você pode assistí-lo aqui.
Bem Estar : Entenda as diferenças entre alergia ao leite e a intolerância à lactose

24 de outubro de 2013

Alergia além dos alimentos

Eu já mencionei antes muitos produtos de beleza possuem proteínas do leite em sua fórmula causando respostas imunológicas que muitas vezes confundem pais que fazem dietas rigorosas.

O programa Bem Estar da Globo exibiu recentemente uma matéria a este respeito.
Você pode vê-lo aqui.

8 de janeiro de 2013

Dessensibilização ganha matéria no Liberal

A dessensibilização também ganhou uma matéria no Jornal Liberal. Dra Ariana Campos Yang fala mais sobre como funciona a técnica que está revolucionando a vida de muitos alérgicos persistentes.
Leia ela aqui:
"Dessensibilização alimentar: mais tolerante à alergia
 Tratamento denominado de dessensibilização alimentar deixa o organismo mais resistente às reações alérgicas

Restringir os alimentos que causam alergia parece o mais adequado para aqueles que têm o organismo sensível a determinados gêneros alimentícios. No entanto, a dessensibilização alimentar trabalha justamente com a ideia oposta.

Segundo a diretora da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia), Ariana Campos Yang, o paciente recebe pequenas doses progressivas do alimento que possui alergia até o organismo se tornar tolerante e poder ingerir quantidades maiores.

A terapia é indicada para quem tem alergia alimentar persistente. "A maioria das alergias é curada à medida que a criança vai crescendo.

Agora, quando não sara, chamamos de alergias persistentes. Nesses casos, a qualidade de vida fica bastante comprometida e o risco de reação é muito grande. As crianças vivem num estado de vulnerabilidade constante", explica.

A dessensibilização trata pacientes com alergia a leite, ovo e trigo. "Não dá para fazer em qualquer alergia alimentar, é só para os alimentos que são do dia a dia, porque depois vai precisar manter isso na dieta diariamente", ressalta Ariana.

Crianças e adultos

O tratamento pode ser feito em crianças e adultos, desde que seja diagnosticado como alergia persistente. "Nas crianças esperamos até uns cinco anos, se a alergia não sarar, então indicamos a dessensibilização", orienta.

Vale lembrar que a técnica não cura, torna o organismo tolerante ao alimento alergênico. Mas para manter a tolerância, não se deve interromper a ingestão do produto alimentício. "Se parar de comer pode voltar a ficar alérgica", acrescenta Ariana.

Como funciona?
Durante o tratamento, o paciente recebe pequenas doses progressivas e diluídas do alimento para o qual tem alergia. Primeiramente, é feito um teste para identificar a concentração inicial do alimento que o indivíduo irá ingerir. Com o passar do tempo as doses vão aumentando, até que a pessoa não tenha mais reação com a ingestão do alimento. Em média, o procedimento leva três meses.

A técnica é individualizada, ou seja, as doses variam de pessoa para pessoa. Ariana ressalta a importância de seguir o tratamento com acompanhamento médico. "Tem medicações que são usadas para segurar a reação, pois os pacientes têm reações durante o tratamento. Por isso tem que ser supervisionado", afirma.


fonte: O Liberal

Imunoterapia ganha matéria no Terra

O Portal Terra fez uma matéria com a Dra Ariana Yang sobre a Imunoterapia, ou dessensibilização para alergia alimentar, especialmente alergia ao leite de Vaca.

Veja a matéria completa AQUI:
Terra Tv: Esperança para os alergicos.

Imunoterapia ganha matéria no Estadão

 No website do Jornal Estadão há um amatéria que foi publicada dia 31/12/2012 falando sobre como a Alergia a alimentos pode melhorar com exposição a pequenas doses.

"Alergia a alimentos pode melhorar com exposição a pequenas doses"

Pesquisa. Técnica conhecida como dessensibilização tenta imunizar o paciente por meio de um consumo leve, porém crescente, de produtos que costumam causar o problema, como trigo, ovo e leite; tratamento pode liberar a pessoa de privações severas

Até pouco tempo atrás, pessoas com alergia a algum alimento tinham de eliminá-lo de sua dieta. Mas pesquisas recentes têm demonstrado a eficácia de uma nova alternativa: a imunoterapia por dessensibilização, que consiste em expor o paciente a quantidades pequenas e crescentes do alimento que provoca a reação alérgica.

Caso a resposta do paciente seja positiva, ele não precisa mais se privar do ingrediente e, além disso, livra-se do risco de consumi-lo sem saber, no meio de alimentos industrializados. "Essa é uma mudança recente que tem ocorrido no tratamento de alergias a alimentos mais comuns, como leite, ovo e trigo", afirma a médica Ariana Campos Yang, da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.

Um dos estudos que comprovou o sucesso da estratégia foi publicado neste ano pela revista New England Journal of Medicine. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte submeteram 40 crianças de 5 a 11 anos alérgicas a ovo ao consumo diário de um pó à base de ovo.

A quantidade do produto, no início muito pequena, foi aumentando progressivamente. Depois de 22 meses, as crianças passaram por um teste no qual ingeriram 10 gramas do alimento, o que equivale a dois ovos inteiros. O resultado foi que 75% dos participantes conseguiram passar no teste e começaram a tolerar o consumo de ovo.

Outra pesquisa, divulgada pela Universidade de Cambridge em março, testou a técnica para tratar alergias a amendoim. Crianças com alergia severa receberam quantidades crescentes de farinha de amendoim, o que fez com que se tornassem tolerantes ao alimento.

A alergia ocorre quando há um erro no sistema imunológico. Com a função de nos defender, o sistema pode errar nessa tarefa e provocar uma reação forte contra um alimento que, para outras pessoas, é inofensivo. "Quando começamos com uma dose menor e aumentamos de forma contínua, conseguimos induzir as células regulatórias, que consertam o que está errado no sistema, deixando assim de ter aquela reação contra o alimento", diz Ariana, que aplica o tratamento no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

"No início, o alimento é ingerido em concentrações muito diluídas. Começamos com doses bem pequenas por via oral até chegar ao alimento puro. Cerca de 90% dos pacientes têm boa resposta", observa Ariana.

Reação imediata. No HC(Hospital das Clínicas - SP), essa estratégia já vem sendo adotada há cerca de dez anos. Nem todo alérgico é candidato ao tratamento, mas podem se beneficiar aqueles que têm a alergia conhecida como IgE mediada, na qual a reação ao alimento é imediata.

"O fato de a reação ser rápida facilita a dessensibilização, pois já se sabe na hora se o paciente teve ou não reação. Nas alergias tardias, em que os sintomas começam horas ou dias depois, não se sabe qual dose o paciente está tolerando", explica Ariana. Existe também uma idade mínima para o início do tratamento, de 5 anos, pois antes disso a alergia pode desaparecer sozinha.

Especialistas lembram que esse tipo de tratamento jamais deve ser feito sem acompanhamento médico. "O tratamento deve ser feito em uma instituição segura. Existe um risco de o paciente ter um choque anafilático, por isso é preciso ter recursos de tratamento e profissionais habilitados para lidar com uma reação", diz a alergologista Yara Arruda Mello, do Hospital São Luiz.

Segundo Yara, a alergia alimentar pode ter manifestações na pele, com urticárias, no trato digestivo, com diarreia e vômito, ou no sistema respiratório.

Para o médico gastroenterologista Aytan Miranda Sipahi, do Hospital Sírio-Libanês, os casos de alergia têm aumentado. "Discute-se se o aumento veio com a maior capacidade de diagnosticar ou se houve um aumento de verdade", afirma. Ele observa que fatores ambientais como o aumento da poluição e dos aditivos agrícolas usados na alimentação poderiam ser responsáveis por este aumento.


fonte: O Estado de S. Paulo

Video da Record sobre Imunoterapia

Aqui você pode ver a matéria feita pela Record sobre dessensibilização:

4 de janeiro de 2013

Dessensibilização ao Leite de Vaca

Nesta semana o canal nacional Record exibiu uma matéria a respeito da Imunoterapia, ou mais popularmente conhecido como dessensibilização ao leite de vaca.
A matéria foi realizada com a especialista em alergia Dra Ariana Yang, e foi mostrado um paciente seu que tinha reações anafiláticas quando entrava em contato com as proteínas do leite de vaca e que passou a tomar leite de vaca após o término do tratamento.
É muito gratificante saber que este tratamento está sendo divulgado, mas eu acho que faltam mais informações.

A minha filha no ano passado fez o tratamento de dessensibilização com a Dra Ana Paula Castro, que teve uma reportagem feita pela Globo e a Dra Ariana Yang também teve contato com o nosso caso, por isso, eu tenho a possibilidade de esclarecer algumas coisas que eu acho que podem trazer falsas esperanças.


O tratamento não é para todas as pessoas alérgicas às proteínas do leite, ou do ovo.
Para se qualificar para o tratamento é feito uma bateria de exames solicitados pelos médicos. Existe também a idade, não se qualificam crianças menores que 3 anos.
Até o momento o tratamento é realizado apenas nas pessoas que possuem risco de vida, ou seja que tem reações alérgicas Anafiláticas.
A minha filha se qualificou para tudo.

Qualificado para fazer o tratamento, o alérgico vai ser exposto ao leite aos poucos, até chegar a tomar o leite puro. Mas neste caminho existem as reações, muitas vezes são gazes, vomito, dores abdominais, e pode chegar a ter todas as reações alérgicas que costuma ter, inclusive choque anafilático. Por isto o tratamento tem de ser feito dentro de um hospital ou clínica que tenha pronto atendimento e tem de ser acompanhado por um médico especializado em alergia, até este momento pouquíssimos médicos fazem o tratamento.

O esperado para o tratamento é que ao concluí-lo o paciente possa consumir leite, todos os seus derivados, traços, produtos que o contenha. Iupi!?
Nem sempre isso acontece.
Para a minha filha não aconteceu. Durante o tratamento descobrimos que ela tinha reações não mediadas, e ela foi obrigada a parar o tratamento, e continua não podendo consumir alimentos que contenham leite de vaca.

Outro fator é que o tratamento ainda está em fase de estudos, não se sabe exatamento o futuro de quem fez o tratamento, mas existem tantos outros tratamento que fazemos e não sabemos o futuro...

Sem dúvida a melhor parte é ter a esperança de um dia poder comer de tudo sem se preocupar com qualquer reação.

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