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3 de fevereiro de 2017

Leite de vaca o alimento

Hoje lá na nossa página do Facebook me vi defendendo o leite de vaca como alimento.
Como assim? _você deve estar pensando.

Vou elaborar.
Aqui em casa nós raramente consumimos alimentos com leite de vaca, já que minha filha de 12 anos tem alergia às proteínas do leite de vaca desde os 7 meses de idade, e é anafilática. Então por segurança para ela, excluímos o leite da nossa dieta.
Mas eu não acredito na linha de pensadores que dizem que o homem é o único animal que continua a consumir leite depois de adulto, e pra piorar de outro animal. E que isso faz mal à saúde.
Revista Saúde #412 de Janeiro de 2017
Somos diferentes dos outros animais em diversos aspectos: lemos, escrevemos, cozinhamos, fazemos arte, estudamos... não há justificativa para nos compararmos à bezerros que não mamam depois de crescer.

Porque?
Eu acredito na linha de pensamento dos pesquisadores que diz que o leite de vaca fez com que os homens da antiguidade sobrevivessem, do leite se faziam queijos e outros derivados que ajudaram os seres humanos a sobreviver em épocas de escasses, e assim permitiram a evolução humana.

Pesquisas atuais também comprovam que o leite de vaca tem proteínas e nutrientes que fazem uma diferença positiva na alimentação humana.


Na revista Saúde número 412 de Janeiro de 2017 há uma reportagem interessante sobre este assunto.

O leite pode não ser saudável pra minha filha, para os alérgicos, e para os intolerântes à lactose, mas isto não o faz o vilão de todas as histórias.

#prontofalei

23 de novembro de 2016

Pensamento positivo

A primeira coisa que temos de ter quando temos uma criança com alergia é pensamento positivo.
Se formos positivos na apresentação de novos alimentos que elas podem, elas aceitarão com mais facilidade.
A minha filha por exemplo tomava um leite de soja quando pequena que eu simplesmente não podia sentir o cheiro. Mas era um alimento muito bom para ela, então eu pensava o quão importante aquilo era para ela, e me esquecia de que eu não gostava do cheiro, e pronto.
Quando nós apresentamos algo novo para as crianças, mas junto com eles apresentamos o nosso julgamento a probabilidade de dar certo é muito menor.

Mas tem algo que realmente me aborrece: são pessoas que não gostam de algo, e acham que todos não devem gostar, então dizem ser nojento, colocam até carinha de vômito quando eu posto em algumas redes sociais.

Agora imagine que aquela é a única opção que aquela criança tem de comer aquele tipo de doce, um determinado tipo de queijo vegetal, ou mesmo um tipo de leite. Se não dermos chance para a criança experimentar sem prévios julgamentos que chance haverá de termos sucesso na introdução deste alimento? E então que opção nos resta? Não damos nada?
A criança vai a uma festa e fica passando vontade de brigadeiro porque a mãe dela acha nojento o cheiro de um dos ingredientes?
Pense bem nisso.

Ao longo dos meus 11 anos cuidando da alergia da minha filha eu aprendi que a felicidade de comer igual aos outros é o que nos faz pertencer ao grupo. E nós, seres humanos, queremos sempre pertencer à família, a um grupo de amigos, sermos semelhantes. 
Ser diferente não é fácil, requer coragem e muita habilidade, eu tenho.
E você?

29 de junho de 2016

Matérias relevantes sobre alergia ao leite de vaca

A cada dia percebo que mais pessoas falam sobre alergia, principalmente ao leite de vaca.
Apesar de termos ainda muita confusão sobre intolerância à lactose e alergia às proteínas do leite de vaca,
http://www.averdadeeque.com.br/2016/05/10/como-a-aplv-me-ensinou-a-ser-uma-mae-melhor/
vejo as luzes do fim do túnel ficarem mais claras.
Eu tenho fé, que um dia vou chegar em um restaurante aqui no Brasil e vou ser atendida por pessoas mais informadas sobre alergia e o que pode dar errado se acidentalmente minha filha consumir algo com leite.

Nesta onda tenho encontrado ótimas matérias que com humildade sugiro lerem:

- Ana Paula Alfano conta 10 coisas que aprendeu com a alergia. ou no site original Aqui

- Em solidariedade à colega com alergia alimentar, crianças levam receitas veganas para lanche da escola.

16 de agosto de 2015

Porque eu escrevo sobre alergia?

Hoje eu vi um post no Facebook da Danone Alergia Alimentar que me emocionou de uma maneira
diferente.
Quando eu comecei a escrever este blog o meu objetivo era ajudar as pessoas que tem alergia.
Hoje passados alguns anos, a minha filha já irá completar 11 anos e não temos sinal de cura, e eu continuo dividindo experiências, receitas, momentos... Mas porque?

despertar este sorriso me faz feliz
O principal motivo é para que um dia, as pessoas de uma maneira geral compreendam o que é alergia, que se coloquem no lugar das pessoas que sofrem desta enfermidade, e que as aceitem e as incluam.

Uma vez eu falei que comida é inclusão social, continuo acreditando nisso e o meu trabalho aqui é justamente esse: Ajudar os alérgicos alimentares a serem incluídos e respeitados.

Seja bem vindo, e volte sempre.

9 de maio de 2015

Parabéns Mãe guerreira

Mãe é um ser que naturalmente extrapola os limites para poder atender os seus filhos, mas temos de admitir que as mães de crianças com alergia alimentar são pessoas com uma força interior que sempre as leva além.

Vamos analisar o porque:
- Sempre tem algo mágico em uma lancheira para que seu filho alérgico não passe vontade de nada;
- Aprende mil receitas novas para satisfazer as necessidades de alimentos sem o alergeno que faz mal a seu filho;
- Está sempre pronta para resolver o problema seja com remédios, atenção, ou até ida ao hospital;
- Está sempre pesquisando novidades relacionadas às alergias do seu filho, sejam tratamentos, médicos, buscas por diagnósticos;
- Vive atenta a possibilidade de ajudar outros com os mesmos problemas;
- Tem a paciência de explicar por 1000 vezes a parentes o que é alergia e porque não pode só um pouquinho;
- Ela que sempre tem um jeito de limpar superfícies, e até mãos de amigos, que podem estar contaminados com alergenos;
- Ela que passa horas e horas lendo rótulos e ligando para Sacs para saber se os produtos são seguros para serem consumidos por seu filho.

Por este e tantos outros motivos eu parabenizo você e me sinto orgulhosa em fazer parte deste grupo de mães tão resilientes.
 

30 de janeiro de 2015

Alergia não é Receita de bolo

Esta semana eu conversava com uma outra mãe explicando sobre alergia e eu disse:
"Alergia não é como receita de bolo, cada pessoa é de uma jeito, e tem reações diferentes em tempos
diferentes."
Mas o que é isso?
Nós mães que tanto queremos ver os nossos filhos curados da alergia ficamos muito ansiosos sobre quanto tempo irá levar este processo.
Não é fácil aceitarmos que uns ficam curados com 2 anos, e outros com 10 anos sem prognóstico de cura.
Mas então como tratar se não por semelhança?
Como não ser cobaia e testar medicamentos, tratamentos??
E é ai que entra a força interior que temos, a esperança, o amor. Ter coragem de testar quando for possível, avaliar cada mudança, lermos muito, nos informarmos, ter um bom médico que nos oriente e não permita que fiquemos neuróticas com tudo e com todos.
A receita pode não ser a mesma para todos, mas se nós a adaptarmos ela pode funcionar para nós, mesmo que não fiquemos curados, viveremos melhor cada dia.

25 de outubro de 2014

A arte de não ter pena

Sabe qual a frase que eu odeio que digam para a minha filha que é alérgica às proteínas do leite de
vaca?
"Coitadinha não pode comer leite..."
Não devemos ter pena dos alérgicos. Não é um sentimento saudável. Ele subestima o valor que aquela pessoa tem.
Ela não é coitadinha.. ela pode comer diversos alimentos saudáveis, ela é saudável.

Quando descobri que minha filha tinha alergia com  7 meses de vida eu tive pena dela, ficava triste, chorava pelos cantos. Até que um dia meu marido me perguntou se eu daria bebida alcoólica para minha filha, respondi que claro que não, faria mal para ela. Ele respondeu que o leite também faria mal pra ela.
Isto me libertou, não ter pena foi a melhor coisa que aconteceu para minha filha.

Passei a olhar para as coisas que ela podia, o lado positivo, e dei opções para ela.
Hoje com 9 anos, ela é muito bem resolvida, e vive uma vida quase normal sem leite de vaca.

Claro que às vezes eu sento e choro, me pergunto porque ela tem de ter esta alergia que nunca vai embora, porque tivemos que ser nós os escolhidos para que ela tenha várias reações raras.
Infelizmente ainda não tive respostas, mas ao final do choro, eu ergo a cabeça e me lembro de tudo de bom que ela pode fazer.. e seguimos nossa vida muito bem obrigada.

17 de setembro de 2014

É mesmo alergia?

Eu sou mãe de duas meninas.
Isa tem 9 anos e tem alergia às proteínas do leite de vaca diagnosticada desde os 7 meses de vida, com respostas imunológicas sérias que chegam à anafilaxia por via respiratória..
Mari tem 4 anos e até onde sabemos não tem alergia alimentar, teve pequenas reações à morango e a
tomate quando era pequena.
Há 2 meses a Mari tem uma diarreia constante, fezes sempre moles e explosivas, muitos gazes. Assaduras que ficam tão vermelhas quanto tomate maduro. Mãe de alérgico logo começa a desconfiar de... alergia alimentar.
Mas porque?
A alergia alimentar é sempre complicada de diagnosticar, ela causa diversos sintomas paralelos como diarreia, nariz escorrendo, assaduras, gazes, que podem ser confundidos com muitas outras coisas, principalmente com as tão populares viroses.
Então como podemos descobrir se é realmente alergia? Que sinais devemos procurar?
Começamos procurando a pediatra que pediu exames e tratou como verminose, mas como não estava melhorando, ela sugeriu e eu procurei uma gastro-pediatra especializada em alergia.
A gastro então pediu mais exames: de fezes mais completo, Rast de alguns alimentos que eu suspeitava, inclusive de leite; de sangue completo, de algumas vitaminas, para doença celíaca.
E ela me disse: "eu não acredito que a Mari tenha alergia à leite, ela não teve até hoje e não é comum desenvolver já nesta idade. Alias não creio que seja alergia, mas vamos investigar."

O primeiro resultado de exame veio hoje, de fezes.. ela está com verminose, que não havia aparecido no exame anterior. Isto explica os sintomas, e tomando a medicação em 15 dias ela deverá estar melhor.
O resultado os exames de alergia sai em 2 dias, mas eu também não creio que ela tenha alergia alimentar.

Moral da história: sempre precisamos de um bom médico que possa nos ajudar, é ele que vai observar o que não sabemos, pois google não faz diagnóstico, nem dá tratamento. Apesar de ajudar a nos informarmos, se soubermos o que procurar.

11 de agosto de 2014

Curso para pais e mães

Quando nos tornamos pais, a toda dificuldade pensamos: não seria fantástico termos um manual sobre bebês/ crianças que facilitasse a nossa vida?

Atualmente existem milhares de informações na internet, mas a tarefa continua complicada.
Agora imagine para quem tem um filho com necessidades especiais, como eu que tenho uma filha alérgica.

A todo o instante tenho de me aventurar no mundo médico, tendo de compreender como funciona o sistema imunológico, sem nunca ter se quer tido uma aula prática de biologia. E na área da culinária que sempre tendo de inventar novidades, adaptar receitas, e organizar nutrientes que a maioria das nutricionistas levaram anos para aprender.

A parte mais interessante é que eu sinto prazer em aprender e poder utilizar e dividir este conhecimento, o que alguns não compreendem é que isto nem sempre tem valor financeiro.

Ainda vou montar um livro com estas preciosas dicas das pessoas que tem experiências para poder ajudar quem não tem, como eu um dia não tive... quem sabe consigo ajudar mais pessoas?

29 de março de 2014

Nadando contra a maré

Eu sou uma pessoa batalhadora, procuro sempre conseguir o que quero com meu esforço próprio, as coisas na minha vida não vieram fáceis, mas há dias em que não é fácil conviver com alergia.
A minha filha tem 9 anos e já passou de todas as probabilidades médicas de melhorar da alergia às proteínas do leite que lhe faz ter crises de asma tão fortes que lhe impedem de respirar.
Já tentamos os mais variados tipos de tratamento, dessensibilização, medicina chinesa, homeopatia, e recentemente estávamos tentando Florais.
Hoje fomos à consulta com o médico dos Florais e não foi fácil ouvir ele dizer que o que minha filha tem é genético, não é algo que podemos mudar com um tratamento com florais.
O que fazer então? Perder as esperanças? Se conformar que não haverá nunca uma cura, nem mesmo uma melhora?

Não.
Na sugestão dele devemos acreditar que ela vá melhorar, incentivar a visão positiva, afinal o pensamento é uma poderosa ferramenta de cura. Devemos dar para ela esperança de melhoras, dar-lhe fé, algo para que ela acredite.
Devo confessar que pra mim não é fácil, eu sempre fui uma pessoa que só acredita quando vê acontecer, que é sempre desconfiada, que sempre olha o lado dos problemas, sempre vê que o pior pode acontecer, enfim um pouco pessimista.
Mas o que não fazemos pelos nossos filhos? Precisarei aprender a ser mais otimista...

29 de maio de 2013

Sempre à procura de uma saída

Nunca desistir de encontrar uma saída para a Alergia ao Leite de Vaca.
Este é o trabalho de mães e pais dedicados, como eu.

A alergia ao leite de vaca não é uma coisa fácil de se conviver, temos todos os dias de ler rótulos,
perguntar em todos os lugares onde vamos comer se existe a possibilidade de haver traços de leite, explicar para as muitas pessoas que não sabem o que é a alergia o motivo de não poder haver traços se não o nosso filho pode morrer, fazer comida sem leite e adotar uma restrição total na nossa casa para que não aconteçam acidentes, planejar passeios e viajens onde seja possível não haver contato com o leite.
Enfim eu poderia escrever mil atividades que requerem um esforço extra para qualquer pai ou mãe de um alérgico ao leite de vaca.

Mas o mais importante no nosso dia a dia é nunca se acomodar. Sejam produtos, médicos ou tratamentos.
Num mundo onde a informação viaja tão rápido, tem de haver uma saída, uma informação que possa ajudar os nossos filhos/as.

Então eu faço sempre assim, pesquiso, e quando acho novidades, divido com vocês.
Se você quiser dividir comigo, sempre será benvindo.

27 de fevereiro de 2013

Quanto tempo dura a alergia?

Uma pergunta que todo o alérgico quer ter a resposta...
Quando eu vou ficar bom?

A resposta não é simples.
A alergia que é, de forma leiga de se falar, um erro do sistema imunológico pode durar pouco tempo, muito tempo, ou para sempre. Tudo depende de vários fatores.
O maior número de aparecimento de alergi ao ao leite de vaca é em crianças pequenas, menores de 1 ano, quando o leite de vaca é introduzido na alimentação.
Segundo as pesquisas médicas a maior parte destas crianças ficam curadas até os 2 anos de idade, com os devidos cuidados dos pais que acompanha as orientações de um médico alergologista.
Depois temos uma outra parcela das crianças que ficam curadas até os 5 anos de idade.
E por último temos uma pequena parcela de crianças que podem melhorar ao entrar na fase adulta ou permanecer com a alergia para toda a vida.

As proteínas do leite que mais causam alergia são as caseínas, a beta-lactoglobulina e a alfa-lactoalbumina. Porém a que define que a alergia é mais persistente é a caseína.

A minha filha tem resposta imunológica altíssima à Caseína, então com 8 anos ela ainda tem fortes reações, incluindo anafiláticas, a qualquer pequena quantidade, ou mesmo traços das proteínas ao leite de vaca.

Não podemos esquecer, que ter esperança, e ser sempre positivos ajuda muito a todos, mesmo que no fundo saibamos que não é possível garantir cura.

8 de fevereiro de 2013

Apenas brincando

Esta semana quando minha filha iniciou as aulas eu me emocionei com o texto que nos deram para fazermos uma reflexão, achei tão lindo que decidi divir com vocês:

" Apenas Brincando
Quando estou construindo com blocos no quarto de brinquedos,
Por favor não diga qu estou apenas brincando.
Porque enquanto brinco estou aprendendo sobre equilíbrio e formas.
Quando estou me fantasiando,
Arrumando a mesa e cuidando das bonecas,
Por favor, não fique com a idéia que estou apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Posso ser mãe ou pai algum dia.
Quando estou pintando até os cotovelos,
Ou de pé diante do cavalete, ou modelando argila,
Por favor, não me deixe ouvir você dizer: ele está apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Estou me expressando e criando .
Eu posso ser um artista ou um inventor algum dia.
Quando você me vê sentado numa cadeira
Lendo para uma platéia imaginária,
Por favor, não ria e pense que eu estou apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Eu posso ser um professor algum dia.
Quando você me vê procurando insetos nos arbustos,
Ou enchendo meus bolsos com todas as coisas que encontro,
Não jogue fora om se eu estivesse apenas brincando.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Eu posso ser um cientista algum dia.
Quando estou entretido com um quebra-cabeça,
Ou com algum brinquedo na minha escola,
Por favor, não sinta que é um tempo perdido com brincadeiras.
Porque quando brinco estou aprendendo.
Estou aprendendo a me concentar e resolver problemas.
Eu posso estar numa empresa algum dia.
Quando você me vê cozinhando e experimentando alimentos,
Por favor, não pense que, porque me divirto, é apenas brincadeira.
Eu estou aprendendo instruções e perceber diferenças.
Eu posso ser chef algum dia.
Quando você me Vê aprendendo a pular, saltar,
Correr e movimentar meu corpo,
Por favor, não diga que estou apenas brincando.
estou aprendendo como meu corpo funciona.
Eu posso ser um médico, enfermeiro ou um atleta algum dia.
Quando você me pergunta o que fiz na escola hoje,
E eu digo: eu brinquei.
Não me entenda mal.
Porque enquanto brinco estou aprendendo.
Estou aprendendo a ter prazer e ser bem sucedido no trabalho.
Eu estou me preparando para amanhã.
Hoje, eu sou criança e meu trabalho é brincar."

autora: Anita Wadley

4 de janeiro de 2013

Dessensibilização ao Leite de Vaca

Nesta semana o canal nacional Record exibiu uma matéria a respeito da Imunoterapia, ou mais popularmente conhecido como dessensibilização ao leite de vaca.
A matéria foi realizada com a especialista em alergia Dra Ariana Yang, e foi mostrado um paciente seu que tinha reações anafiláticas quando entrava em contato com as proteínas do leite de vaca e que passou a tomar leite de vaca após o término do tratamento.
É muito gratificante saber que este tratamento está sendo divulgado, mas eu acho que faltam mais informações.

A minha filha no ano passado fez o tratamento de dessensibilização com a Dra Ana Paula Castro, que teve uma reportagem feita pela Globo e a Dra Ariana Yang também teve contato com o nosso caso, por isso, eu tenho a possibilidade de esclarecer algumas coisas que eu acho que podem trazer falsas esperanças.


O tratamento não é para todas as pessoas alérgicas às proteínas do leite, ou do ovo.
Para se qualificar para o tratamento é feito uma bateria de exames solicitados pelos médicos. Existe também a idade, não se qualificam crianças menores que 3 anos.
Até o momento o tratamento é realizado apenas nas pessoas que possuem risco de vida, ou seja que tem reações alérgicas Anafiláticas.
A minha filha se qualificou para tudo.

Qualificado para fazer o tratamento, o alérgico vai ser exposto ao leite aos poucos, até chegar a tomar o leite puro. Mas neste caminho existem as reações, muitas vezes são gazes, vomito, dores abdominais, e pode chegar a ter todas as reações alérgicas que costuma ter, inclusive choque anafilático. Por isto o tratamento tem de ser feito dentro de um hospital ou clínica que tenha pronto atendimento e tem de ser acompanhado por um médico especializado em alergia, até este momento pouquíssimos médicos fazem o tratamento.

O esperado para o tratamento é que ao concluí-lo o paciente possa consumir leite, todos os seus derivados, traços, produtos que o contenha. Iupi!?
Nem sempre isso acontece.
Para a minha filha não aconteceu. Durante o tratamento descobrimos que ela tinha reações não mediadas, e ela foi obrigada a parar o tratamento, e continua não podendo consumir alimentos que contenham leite de vaca.

Outro fator é que o tratamento ainda está em fase de estudos, não se sabe exatamento o futuro de quem fez o tratamento, mas existem tantos outros tratamento que fazemos e não sabemos o futuro...

Sem dúvida a melhor parte é ter a esperança de um dia poder comer de tudo sem se preocupar com qualquer reação.

3 de março de 2012

Qualidade de vida, é ser forte

Um velho ditado diz:
"O que não te mata, te faz mais forte."
Eu não sei o quanto isso é verdade, mas eu optei para ver como: as dificuldades nos tornam pessoas melhores se optarmos por superá-las.
Não é fácil conviver com pessoas doentes, com risco de ter reações alérgicas que podem te levar ao hospital e mesmo à morte, mas se vivermos no medo o que será de nós?
Viveremos escravos de nossos medos, não teremos qualidade de vida, então eu optei por me tornar mais forte, e ter uma vida o mais normal possível.
Para isso ser possível, eu estou sempre lendo sobre alergia, as novidades que os médicos descobrem, sobre alimentos, e claro sempre aberta a sugestões para alternativas em todas as áreas.
E eu tenho prazer em dividir com pessoas que tem o mesmo problema que eu. Se alguma pessoa puder aproveitar minhas dicas, receitas, ou mesmo as minhas experiências para ter uma vida melhor eu já senti que cumpri a meta do meu Blogg.

Então sinta-se à vontade para fazer perguntas, comentários e mesmo elogios... eu sempre respondo à todos eles.

14 de fevereiro de 2012

Minha história

A minha filha é alergica ao leite de vaca desde os 7 meses de vida.
Minha filha nasceu em 2004 e eu a amamentei, exclusivamente até o 6º mes, desde os primeiros dia de sua vida ela teve refluxo, doença que faz com que o leite retorne após ser ingerido, algo muito parecido com vômito.
Aos 4 meses ela ganhava bem peso, mas algo aconteceu e ela passou a recusar a ser amamentada, e o parou de ganhar peso, como crescia ao 6º mes ela já apresentava aumento de peso abaixo da linha do percentil 30, o que é muito ruim para qualquer bebê.
Preocupados com o ganho de peso, a pediatra nos indicou que introduzíssemos os alimentos, inclusive ricota, e mesmo outros produtos que continham leite de vaca. Nós tentamos, mas ela não comia, e quando esbarrávamos o leite nela ela ficava vermelha.
Aos 7 meses, ela não gostava de comer nada, nem mamar, então um dia demos para ela uma mamadeira de leite de vaca, tipo uns 100 ml, ela tomou e desenvolveu uma febre que não baixava.
Cismada com o diagnóstico eu pesquisei na internet e solicitei para a pediatra que fizéssemos um RAST para alergia de leite.
Foi então que descobrimos que ela era alergica ao leite de vaca, e uma dieta de restrição para ela foi iniciada, mas até então eu não sabia que deveria entrar em dieta também, e continue amamentando ela até 1 ano e 3 meses.
As reações que ela tinha ao leite de vaca eram: vômito, vermelhidão na pele quando tinha contato, diarreia.
Os anos passaram e a alergia dela continuou  aumentando, a cada Rast que fazíamos a resposta à Caseína aumentava, o que segundo os médicos é a proteína que dá o prognóstico da alergia.
Aos 4 anos de idade ela teve uma anafilaxia respitarória, por ingestão de um suco de caju que adoçaram com leite condensado, um acidente... Fomos para nos hospital porque ela não conseguia respirar.
A partir daí ela não podia mais comer nada, nem com traços, que ela rapidamente entrava em anafilaxia respiratória.
Para uma criança não é uma vida fácil, cheia de restrições, não poder nem que os amigos que comeram brigadeiro pudessem enconstar nela que ela já ia parar no hospital.
E para piorar as estatísticas não são muito boas para quem passa dos 5 anos de idade e tem alergia ao leite de vaca. 
Ela então fez 6 anos e decidimos procurar uma solução que nos ajudasse.
Ouvimos falar de um tratamento de dessensibilização, ele ainda está em testes, ainda não há um protocolo totalmente definido, mas entre correr risco de vida a cada dia, e tentar uma solução nova, escolhemos a solução.
Ela começou o tratamento dia 21/09/2011, e muita coisa mudou, mas no meio do caminho ela teve uma reação alergica não mediada, vômitos, causados por uma esofagite eosinofílica, e tivemos de estacionar no tratamento.
Hoje ela tem 7 anos, continua com restição total de alimentos que contenham leite de vaca, mas ela é uma garota saudável, e tenho fé que um dia ela vai superar.

Eu decidi escrever este Blogg em 2009, para dividir e multiplicar conhecimentos.
Se você tiver dúvidas, comente, eu sempre respondo.

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