8 de janeiro de 2013

Imunoterapia ganha matéria no Estadão

 No website do Jornal Estadão há um amatéria que foi publicada dia 31/12/2012 falando sobre como a Alergia a alimentos pode melhorar com exposição a pequenas doses.

"Alergia a alimentos pode melhorar com exposição a pequenas doses"

Pesquisa. Técnica conhecida como dessensibilização tenta imunizar o paciente por meio de um consumo leve, porém crescente, de produtos que costumam causar o problema, como trigo, ovo e leite; tratamento pode liberar a pessoa de privações severas

Até pouco tempo atrás, pessoas com alergia a algum alimento tinham de eliminá-lo de sua dieta. Mas pesquisas recentes têm demonstrado a eficácia de uma nova alternativa: a imunoterapia por dessensibilização, que consiste em expor o paciente a quantidades pequenas e crescentes do alimento que provoca a reação alérgica.

Caso a resposta do paciente seja positiva, ele não precisa mais se privar do ingrediente e, além disso, livra-se do risco de consumi-lo sem saber, no meio de alimentos industrializados. "Essa é uma mudança recente que tem ocorrido no tratamento de alergias a alimentos mais comuns, como leite, ovo e trigo", afirma a médica Ariana Campos Yang, da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia.

Um dos estudos que comprovou o sucesso da estratégia foi publicado neste ano pela revista New England Journal of Medicine. Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte submeteram 40 crianças de 5 a 11 anos alérgicas a ovo ao consumo diário de um pó à base de ovo.

A quantidade do produto, no início muito pequena, foi aumentando progressivamente. Depois de 22 meses, as crianças passaram por um teste no qual ingeriram 10 gramas do alimento, o que equivale a dois ovos inteiros. O resultado foi que 75% dos participantes conseguiram passar no teste e começaram a tolerar o consumo de ovo.

Outra pesquisa, divulgada pela Universidade de Cambridge em março, testou a técnica para tratar alergias a amendoim. Crianças com alergia severa receberam quantidades crescentes de farinha de amendoim, o que fez com que se tornassem tolerantes ao alimento.

A alergia ocorre quando há um erro no sistema imunológico. Com a função de nos defender, o sistema pode errar nessa tarefa e provocar uma reação forte contra um alimento que, para outras pessoas, é inofensivo. "Quando começamos com uma dose menor e aumentamos de forma contínua, conseguimos induzir as células regulatórias, que consertam o que está errado no sistema, deixando assim de ter aquela reação contra o alimento", diz Ariana, que aplica o tratamento no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

"No início, o alimento é ingerido em concentrações muito diluídas. Começamos com doses bem pequenas por via oral até chegar ao alimento puro. Cerca de 90% dos pacientes têm boa resposta", observa Ariana.

Reação imediata. No HC(Hospital das Clínicas - SP), essa estratégia já vem sendo adotada há cerca de dez anos. Nem todo alérgico é candidato ao tratamento, mas podem se beneficiar aqueles que têm a alergia conhecida como IgE mediada, na qual a reação ao alimento é imediata.

"O fato de a reação ser rápida facilita a dessensibilização, pois já se sabe na hora se o paciente teve ou não reação. Nas alergias tardias, em que os sintomas começam horas ou dias depois, não se sabe qual dose o paciente está tolerando", explica Ariana. Existe também uma idade mínima para o início do tratamento, de 5 anos, pois antes disso a alergia pode desaparecer sozinha.

Especialistas lembram que esse tipo de tratamento jamais deve ser feito sem acompanhamento médico. "O tratamento deve ser feito em uma instituição segura. Existe um risco de o paciente ter um choque anafilático, por isso é preciso ter recursos de tratamento e profissionais habilitados para lidar com uma reação", diz a alergologista Yara Arruda Mello, do Hospital São Luiz.

Segundo Yara, a alergia alimentar pode ter manifestações na pele, com urticárias, no trato digestivo, com diarreia e vômito, ou no sistema respiratório.

Para o médico gastroenterologista Aytan Miranda Sipahi, do Hospital Sírio-Libanês, os casos de alergia têm aumentado. "Discute-se se o aumento veio com a maior capacidade de diagnosticar ou se houve um aumento de verdade", afirma. Ele observa que fatores ambientais como o aumento da poluição e dos aditivos agrícolas usados na alimentação poderiam ser responsáveis por este aumento.


fonte: O Estado de S. Paulo

Video da Record sobre Imunoterapia

Aqui você pode ver a matéria feita pela Record sobre dessensibilização:

4 de janeiro de 2013

Dessensibilização ao Leite de Vaca

Nesta semana o canal nacional Record exibiu uma matéria a respeito da Imunoterapia, ou mais popularmente conhecido como dessensibilização ao leite de vaca.
A matéria foi realizada com a especialista em alergia Dra Ariana Yang, e foi mostrado um paciente seu que tinha reações anafiláticas quando entrava em contato com as proteínas do leite de vaca e que passou a tomar leite de vaca após o término do tratamento.
É muito gratificante saber que este tratamento está sendo divulgado, mas eu acho que faltam mais informações.

A minha filha no ano passado fez o tratamento de dessensibilização com a Dra Ana Paula Castro, que teve uma reportagem feita pela Globo e a Dra Ariana Yang também teve contato com o nosso caso, por isso, eu tenho a possibilidade de esclarecer algumas coisas que eu acho que podem trazer falsas esperanças.


O tratamento não é para todas as pessoas alérgicas às proteínas do leite, ou do ovo.
Para se qualificar para o tratamento é feito uma bateria de exames solicitados pelos médicos. Existe também a idade, não se qualificam crianças menores que 3 anos.
Até o momento o tratamento é realizado apenas nas pessoas que possuem risco de vida, ou seja que tem reações alérgicas Anafiláticas.
A minha filha se qualificou para tudo.

Qualificado para fazer o tratamento, o alérgico vai ser exposto ao leite aos poucos, até chegar a tomar o leite puro. Mas neste caminho existem as reações, muitas vezes são gazes, vomito, dores abdominais, e pode chegar a ter todas as reações alérgicas que costuma ter, inclusive choque anafilático. Por isto o tratamento tem de ser feito dentro de um hospital ou clínica que tenha pronto atendimento e tem de ser acompanhado por um médico especializado em alergia, até este momento pouquíssimos médicos fazem o tratamento.

O esperado para o tratamento é que ao concluí-lo o paciente possa consumir leite, todos os seus derivados, traços, produtos que o contenha. Iupi!?
Nem sempre isso acontece.
Para a minha filha não aconteceu. Durante o tratamento descobrimos que ela tinha reações não mediadas, e ela foi obrigada a parar o tratamento, e continua não podendo consumir alimentos que contenham leite de vaca.

Outro fator é que o tratamento ainda está em fase de estudos, não se sabe exatamento o futuro de quem fez o tratamento, mas existem tantos outros tratamento que fazemos e não sabemos o futuro...

Sem dúvida a melhor parte é ter a esperança de um dia poder comer de tudo sem se preocupar com qualquer reação.

Curiosidade Infantil

Geralmente a alergia ao leite de vaca se apresenta em bebês.
Com o passar do tempo eles crescem,  e como todas as outras criancas são curiosas, querem saber que gosto tem o leite de vaca, seus derivados, e os outros produtos que contem leite, como bolo, sorvete, pães, etc.

Para facilitar a vida de todos é melhor manter tudo simples e tentar acostumar que a criança não pode comer desde pequena.
 A curiosidade por alimentos que não podem ser consumidos pode ser apenas o desejo de saber qual é o sabor, o que pode ser simples, ou pode acabar em uma reação se a criança não tiver orientação e consumí-lo.
Com a minha filha eu sempre fui honesta sobre o que ela podia, nunca disfarcei comida, nunca dei a falsa idéia de que ela poderia comer algo que realmente não podia.
Quando ela me pergunta que gosto tem isto ou aquilo, eu sempre procuro comparar com algo que ela possa, para lhe dar alguma referência.

Não é fácil enfrentar as tentações, e administrar as vontades dos pequenos, mas ajuda muito tentar eliminar essas tentações da nossa casa, a criança se sente apoiada quando mãe, pai, irmãos comem as mesmas coisas que ele. Pois já não é fácil enfrentar na escola, os amigos comendo as coisas que ele não pode.

3 de dezembro de 2012

Diferença entre Alergia e Intolerância 2

Eu sempre fico admirada como as pessoas que tem um problema podem se conformar em saber tão pouco sobre ele.
Com muita frequência as pessoas acham que Alergia às proteínas do leite de vaca é a mesma coisa que Intolerância à lactose, talvez porque fala-se muito mais em produtos sem lactose e não o suficiente sobre as reações Alérgicas que o leite pode causar.

Aqui seguem as diferenças segundo uma nutricionista e pesquisadora do assunto Dra. Shirley de Campos:

Alergia ás proteínas do Leite de Vaca.
A reação alérgica é uma resposta imunológica do organismo frente a um determinado estímulo (neste caso a ingestão de certas proteínas presentes no leite de vaca, que são a caseína alfa-s1, lactoalbumina e beta globulina (estas últimas ditas proteínas do soro ou séricas). Tal estímulo desencadeia a liberação de histaminas (anticorpo-antígeno) produzindo os sintomas alérgicos como  diarréia, otite, bronquite, erupções cutâneas e corrimento nasal, falta de ar, inchaço, podendo até mesmo chegar ao óbito por choque anafilático.
A alergia é causada por uma predisposição genética e tende a acompanhar a pessoa por toda a vida.


Intolerância a lactose:
A lactose é o açúcar na natural do leite, classificado como dissacarídeo, formado por uma molécula de glicose e galactose. Na indústria láctea a lactose provém energia para bactérias acido láticas (a qual denominamos de fermento lático ou cultivo lático).   Para ser absorvida pelo intestino, a lactose necessita ser quebrada em porções menores por meio da ação de uma enzima chamada lactase,nativa no intestino delgado e na superfície da mucosa intestinal. Quando há deficiência da lactase, mesmo que parcial, as quantidades de lactose ingeridas não são hidrolisadas (quebradas) e permanecem intactas no intestino delgado, atraindo água para a região e provocando dores e edemas. A lactose não absorvida passa então para o intestino grosso sendo, utilizada pelas bactérias (ocorrendo fermentação). Esse processo produz gás e atrai ainda mais água. O resultado é dor, edemas, flutuência e diarréia, além de comprometer a digestão e absorção de outros nutrientes.Cerca de 75% das pessoas no mundo, à medida que envelhecem, perdem a maior parte da sua capacidade de produzir lactase.

2 de dezembro de 2012

Viajando com alérgico: Florianópolis

Em todas as minhas viajens eu sempre procuro planejar o que vou fazer, onde vou passear. E quando chego ao local confiro e sempre anoto onde foi melhor, especialmente para indicar à quem tem alergia ao leite de vaca como a minha filha.
No feriadão de Novembro eu estive em Florianópolis, ou como dizem Floripa, e aqui estão as dicas que salvei para vocês:


- Praia do Forte no lado Norte da Ilha. Maravilhosa para ir com crianças, pois é calma, linda e bem frequentada. Passamos dois dias lá e ficamos no restaurante Pescador Lobo que tem mesas na areia com cobertura, serviço rápido e gentil, a comida é muito boa e atenderam as nossas solicitações de fazer comida sem leite de vaca ou traços dele.
Você pode aproveitar e no caminho visitar o Forte que dá o nome à praia, e além de se maravilhar com a vista conhecer mais sobre a história da Ilha.

- Praia "Barra da Lagoa" onde fica o Projeto Tamar.
Vale a pena chegar cedo e se instalar na Barraca Veredas que tem guarda-sóis e espreguiçadeiras e fica longe da muvuca do centro da Barra da Lagoa. A barraca tem infraestrutura, serve um almoço legal para que tem alergia. Se for de carro deixe-o no estacionamento da barraca e aproveite para visitar o Projeto Tamar, que fica há 2 quadras e vá ver as enormes tartarugas marinhas, o melhor horário é perto das 15h que é quando eles as alimentam.

- Praia de Jurerê Internacional, Norte da Ilha. Cheia de casas e apartamentos maravilhosos, é uma praia bonita, bem frequentada, mas não tem barracas de praia, as opções são restaurantes à beira-mar que se transformam em balada ás 16h e vão até às 22h, horário obrigatório do silêncio no bairro, lá tem a Pachá - Parador 12 - Café de La Music.

- Supermercados - fiquei admirada de encontrar tantos produtos sem leite de vaca. No supermercado Imperatriz de Jurerê tinha tudo o que eu precisava para minha filha alérgica, incluindo chocolate olvebra, biscoitos, pães, etc.

- Shopping Floripa - Paulista tem de visitar Shopping, então escolhemos o Floripa que é Iluminado, espaçoso, e com várias franquias conhecidas na praça de alimentação. Comemos no Bom grille, onde fomos muito bem atendidos e não tivemos problemas em obter uma refeição sem traços de leite de vaca.

Como você pode perceber Floripa tem muitas opções, e como eu estava com as crianças acabei ficando na parte Norte da Ilha, mas tenho certeza que há muitos outros lugares para se visitar.

Como eu já mencionei antes: O maior problema que sempre vejo para quem tem alergia, é a falta de compreensão que as pessoas que lidam com comida tem ao se falar em traços de leite. Seja na minha cidade ou viajando, explicar para quem nos atende que não se pode consumir nada que tenha tido contato com leite, margarina, manteiga, queijo, etc é fundamental para não ter problemas, e se as pessoas conseguirem compreender, a felicidade de ver a minha filha poder consumir a comida e se divertir não tem preço.

Receita Bicho de Pé

Para a fsta de aniversário deste ano da minha filha eu resolvi fazer Bicho de Pé, o famoso brigadeiro Rosa que tantas crianças adoram para combinar com o tema da festa que foi "Monster High".



Bicho de Pé  - versão de colher
Ingredientes
1 lata leite condensado de Soja;
6 colheres de sopa de Moka Morango Instantâneo;
3 colheres de sopa de margarina Becel sem sal;
3 colheres de sopa de creme de soja;
Copinhos plásticos individuais;
Opcional confeitos coloridos para enfeitar.

Preparo
Despeje  numa panela o leite condensado, a margarina, o Moka de Morango, leve ao fogo e mexa até a massa soltar da panela.
Acrescente então o creme de soja e verifique a consistência que deve ficar um pouquinho mais mole do que a de um brigadeiro para enrolar.
Deixe esfriar um pouco e então despeje em copinhos.
Se quiser despeje por cima um pouquinho de confeitos coloridos para enfeitar.

1 de dezembro de 2012

Panetone sem leite de Vaca

Esta é a época do ano em que todos adicionam ao seu cardápio o pão mais tradicional do Natal, o Panetone. Existem váriaz receitas que podem trazer satisfação, mas é sempre mais fácil comprá-los prontos, então abaixo segue as sugestões que encontrei Panetone sem leite de vaca.  
 
Há alguns anos a Village já havia inovado trazendo ao mercado o panetone sem leite, na versão frutas.
Panettone Village Light Panettone de Frutas, com 25% menos calorias e sem adição de açúcar. Alto teor de fibras. Aprovado pela ANAD (Associação Nacional de Assistência aos Diabéticos). 80g 500g.
site oficial Village .

Este ano encontrei o panetone da SOS Alergia, que garante não ter leite, ou traços dele.
Mini Panetone SOS Alergia de Frutas Sem Leite, soja e ovos 280g
Mini Panetone SOS Alergia de Frutas Sem Leite, soja e ovos 280g
Loja SOS Alergia


Lembrando que as sugestões acima não contém leite, mas que mesmo já tendo sido testados por mim, muitas vezes as fábricas fazem alterações, portanto antes de consumir leia o rótulo, siga seus passos de segurança e se achar necessário ligue para o Sac do fabricante.

12 de novembro de 2012

Receita Brigadeiro de Milho Verde

A pedido da minha filha fiz neste final de semana um brigadeiro de Milho verde, que fez o maior sucesso.
Aqui segue a receita:

Brigadeiro Milho Verde - versão de colher
Ingredientes
1 lata leite condensado de Soja
1 lata de milho verde com o líquido escorrido
2 colheres de sopa de margarina Becel sem sal
3 colheres de sopa de creme de soja
Opcional côco ralado para enfeitar

Preparo
Bata no liquidificador o milho escorrido e o leite condensado, e depois passeos pela peneira.
Despeje  mistura numa panela e acrescente a margarina, leve ao fogo e mexa até a massa soltar da panela.
Acrescente então o creme de soja e verifique a consistência que deve ficar um pouquinho mais mole do que a de um brigadeiro para enrolar.
Deixe esfriar um pouco e então despeje em copinhos.
Se quiser despeje por cima um pouquinho de côco ralado para enfeitar.

19 de outubro de 2012

Receita: Merengue Italiano

Eu fiz um curso de Cupcakes com a Chef Carla Serrano e ela me ensinou a fazer o merengue Italiano que é usado para confeitar cupcakes.

Merengue Italiano
1 e 3/4 de xícara de chá de Açucar granulado Doçucar;
200ml de água;
3 claras em neve;
Opcional: Corante alimentício em gel

Preparo
Bata as claras em neve, reserve na batedeira.
Ferva o Doçúcar com a água até obter ponto de bala mole.
Com a batedeira ligada, despeje a calda sobre as claras em neve e continue batendo até esfriar.
Se quiser utilize o corante para tingir o merengue.
Utilize imediatamente.

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